Brasil
Império
A
História do Brasil Imperial tem início em 7 de setembro de 1822 com a
proclamação de Independência do Brasil por D. Pedro I. O término deste período
é a Proclamação da República, ocorrida no Rio de Janeiro, em 15 de novembro de
1889. Durante esta época, o Brasil foi governado por dois imperadores: D.Pedro
I (de 1822 até 1831) e D.Pedro II (de 1840 até 1889). Entre os anos de 1831 e
1840, o Brasil foi governado por regentes.
Principais fatos da História do
Brasil Império (Cronologia)
1822 - No dia 7 de setembro, D.Pedro
I, às margens do riacho do Ipiranga em São Paulo, proclama a Independência
do Brasil. Início do Brasil Monárquico.
1822 - No Rio de Janeiro, em 12 de
outubro, D.Pedro I é aclamado imperador do Brasil.
1823 - Reunião da Assembléia Geral
Constituinte e Legislativa do Brasil. A Assembléia foi dissolvida por D. Pedro
I que criou o Conselho de Estado.
1824 - No dia 25 de março, D.Pedro I
outorga a Primeira Constituição Brasileira.
1824 - O nome oficial do país muda de
Brasil para Império do Brasil.
1824 - Ocorre o movimento
revolucionário conhecido como Confederação do Equador.
1825 - Início da Guerra da
Cisplatina, conflito entre Brasil e Uruguai, que queria sua independência.
1825 - A Independência do Brasil é
reconhecida por Portugal.
1831 - Sofrendo pressões, D.Pedro I
abdica do trono do Brasil.
1831a 1840 - Período Regencial: Brasil é
governado por regentes.
1835 - 1845 - Ocorre a Revolução Farroupilha
(Guerra dos Farrapos) no sul do país.
1834- Morte de D.Pedro I.
1835 - Revolta dos Malês no estado da Bahia.
1835-1840 - Cabanagem: revolta popular ocorrida na província
do Pará.
1837-1838 - Sabinada - revolta regencial ocorrida na Bahia.
1838-1841 - Balaiada - revolta popular ocorrida no interior da província
do Maranhão.
1840 - Golpe da Maioridade: D.Pedro
II assume o trono do Brasil com apenas 14 anos de idade.
1842 - Revolução Liberal na
províncias de Minas Gerais e São Paulo.
1847 - É instituído o parlamentarismo no Brasil.
1848-1850 - Revolução Praieira, de caráter liberal e
federalista, ocorrida na província de Pernambuco.
1850 - Lei Eusébio de Queiróz que
proibia o tráfico de escravos.
1854 - O empresário Barão de Mauá, em 30 de abril, inaugura a
primeira ferrovia brasileira.
1865-1870 - Ocorre a Guerra do Paraguai: Brasil, Argentina e Uruguai
contra o Paraguai.
1870 - Lançamento do Manifesto
Republicano.
1871 - Promulgada a Lei do Ventre
Livre.
1872 - Fundação do Partido
Republicano.
1882 - A borracha ganha importância
no mercado internacional e o Brasil torna-se um grande produtor e exportador.
1885 - Lei dos Sexagenários:
liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
1874 - Chegam em São Paulo os
primeiro imigrantes italianos (início da fase de imigração).
1888 - No dia 13 de maio, a Princesa Isabel assina a Lei Áurea, acabando com
a escravidão no país.
1889 - Em 15 de novembro, na cidade
do Rio de Janeiro, sob o comando do Marechal Deodoro da Fonseca, ocorre a Proclamação da República (fim do Brasil Império).
Brasil Colônia
O Período
Pré-Colonial: A fase do pau-brasil (1500 a 1530)
A
expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo (valorização da cultura européia em detrimento
das outras), pois desconsidera a existência dos índios em nosso país antes da
chegada dos portugueses. Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos
portugueses ao Brasil. Esta ocorreu em 22 de abril de 1500, data que inaugura a
fase pré-colonial.
Neste
período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na
terra. Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na
carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da Mata Atlântica.
O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos. Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).
O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos. Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).
Nestes
trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do
Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu as terras
recém descobertas em 1494). Os corsários
ou piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil, provocando pavor no
rei de Portugal. O medo da coroa portuguesa era perder o território brasileiro
para um outro país. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e
enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.
Os
portugueses continuaram a exploração da madeira, construindo as feitorias no
litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com os indígenas.
No
ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de
colonização. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como
objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o
cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
A
fase do Açúcar (séculos XVI e XVII )
O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil. A mão-obra-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.
O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil. A mão-obra-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.
Administração Colonial
Para melhor organizar a colônia,
o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território foi
dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários. Estes podiam
explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e
estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. No geral, o sistema de Capitanias
Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de
recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e
Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças
aos investimentos do rei e de empresários.
Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.
Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.
Também existiam as Câmaras
Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons".
Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e
cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.
A capital do Brasil neste período
foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.
A economia colonial
A economia colonial
A base da economia colonial era o
engenho de açúcar.
O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar.
Utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a
venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a
produção de tabaco e algodão.
As plantações ocorriam no sistema
de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto,
utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.
O Pacto Colonial
imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a
metrópole.
A sociedade Colonial
A sociedade no período do açúcar
era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes
políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma
camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na
base da sociedade estavam os escravos de origem africana.
Era uma sociedade patriarcal,
pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham
poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e
dos filhos.
A casa-grande era a residência da
família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados.
O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de
higiene das senzalas (habitações dos escravos).
Invasão holandesa no Brasil
Entre os anos de 1630 e 1654, o
Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de holandeses. Interessados
no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo em nosso
território. Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem
expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando
a cidade.
Expansão territorial: bandeiras e
bandeirantes
Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
O Ciclo do Ouro:
século XVIII
Após a descoberta das primeiras
minas de ouro, o rei de Portugal
tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já
que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar
o quinto. O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa
portuguesa e correspondia a 20% de todo ouro encontrado na colônia. Este
imposto era cobrado nas Casas de Fundição.
A descoberta de ouro e o início
da exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e
Goiás) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões.
Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram
em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.
O trabalho dos tropeiros foi de
fundamental importância neste período, pois eram eles os responsáveis pelo
abastecimento de animais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e
outros mantimentos que não eram produzidos nas regiões mineradoras.
Desenvolvimento urbano nas
cidades mineiras
Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil : Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana.
Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil : Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana.
Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
Revoltas Coloniais e Conflitos
Em função da exploração exagerada
da metrópole ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:
- Guerra dos Emboabas : os bandeirantes queriam
exclusividade na exploração do ouro nas minas que encontraram. Entraram em
choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas.
- Revolta de Filipe dos Santos : ocorrida em Vila Rica,
representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com a cobrança do quinto
e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos foi preso e condenado a
morte pela coroa portuguesa.
- Inconfidência Mineira (1789) : liderada por Tiradentes
, os inconfidentes mineiros queriam a libertação do Brasil de Portugal. O
movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.
Resolução da atividade sobre a Rev. Industrial
1. O que foi a Revolução Industrial?
Por que recebe o nome de revolução?
Foi um conjunto de transformações tecnológicas ocorrido a partir do
século XVIII e iniciado na Inglaterra, com a qual surgiu um novo modo de
produção caracterizado pela mecanização. Ela recebeu o nome de revolução pelo
impacto econômico-social produzido.
2. Faça um pequeno texto, no qual
explique os motivos de a Inglaterra ter sido pioneira no processo de
industrialização.
O primeiro país a ter condições favoráveis para investir na utilização
da máquina foi a Inglaterra. Dentre estas condições, podem-se citar: o acúmulo
de capitais provenientes da expansão marítimo comercial e da política
mercantilista; a mão-de-obra farta e barata, uma vez que muitas camponeses
haviam sido obrigados a se mudar para as cidades por causa dos cercamentos; bem
como a existência de jazidas de carvão e ferro.
3. O que foram os cercamentos?
Foi o cercamento das terras comunais, na Inglaterra, para a criação de
ovelhas para a produção de lã, levando à expulsão dos camponeses que migraram
para as cidades e se tornaram mão-de-obra para as nascentes indústrias.
4. Explique com suas palavras como o
trabalho mecanizado alterou a relação dos trabalhadores com a noção do tempo.
Durante a Revolução Industrial, a vida era marcada pelo trabalho nas
fábricas. Isso acabou por alterar a percepção do tempo, pois, até então, as
pessoas organizavam suas vidas em função do ritmo da natureza. O trabalho
assalariado gerou a necessidade de controlar a produtividade, de criar uma
jornada de trabalho. Dessa maneira, a classe trabalhadora precisava se habituar
ao tempo disciplinar do relógio, que regulava os horários de trabalho das
fábricas.
5. Com base no que foi explicado,
diferencie a burguesia do proletariado.
Burguesia: industriais donos dos meios de produção (classe dos
capitalistas).
Proletariado: classe operária que vendia sua força de trabalho.
6. Como era o dia-a-dia dos operários
nas fábricas?
No dia-a-dia das fábricas, os trabalhadores operavam as máquinas e
produziam grandes quantidades de produtos manufaturados. O cotidiano dos
operários era muito cansativo. Eles chegavam a trabalhar até 16 horas por dia e
não tinham direito à férias. Além disso, o ambiente de trabalho era insalubre,
pois as fábricas eram escuras, úmidas e com pouca ventilação. Os operários eram
sempre vigiados por um feitor, e era comum acontecerem acidentes de trabalho,
nesses casos, os operários não recebiam ajuda financeira ou médica.
7. O que foi o movimento ludista?
Foi um movimento, ocorrido no início do século XIX, formado por grupos
de operários que invadiam oficinas têxteis e quebravam os maquinários como
forma de protesto.
8. O que eram e como surgiram os
sindicatos?
Os sindicatos são organizações de pessoas com os mesmos interesses que
se associam para juntar forças e defender seus direitos. Eles surgiram das
Trade Unions, que eram associações de trabalhadores formadas por diferentes
profissionais e que buscavam organizar as reivindicações destes, surgidas no
início da industrialização como forma de resistência dos operários à exploração
capitalista.
9. O que foi o cartismo?
Foi um movimento social inglês que se iniciou na década de 1930 do
século XIX e que teve como principal base a Carta do povo, um manifesto enviado
ao Parlamento inglês em nome do proletariado, no qual reivindicavam o direito
de voto de todos os homens maiores de 21 anos, eleições anuais para o
Parlamento, pagamento dos salários dos parlamentares, voto secreto, fim do
critério censitário para se candidatar ao Parlamento e igualdade entre os
distritos eleitorais.
10. Cite as principais conquistas dos
trabalhadores ingleses a partir de 1830.
As principais conquistas dos trabalhadores ingleses a partir da década
de 1830 foram: a aprovação de leis que regulamentavam o trabalho de crianças e
jovens, a redução da jornada de trabalho das mulheres e dos homens. Além da
diminuição da carga horária, as novas leis instituíram horários de pausa para
que os operários pudessem fazer suas refeições e descansar entre os períodos de
trabalho.
11. Explique o socialismo científico.
Teoria econômica
elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels que procurou explicar o
desenvolvimento do capitalismo e criticar seus desdobramentos, como o
crescimento da riqueza daqueles que detêm os meios de produção e a exploração
do proletariado. O socialismo defendia a extinção da propriedade privada dos
meios de produção, o bem coletivo acima do individual. Para isso, defendiam a
idéia de que os trabalhadores tinham que tomar consciência de sua condição e
promoverem a tomada de poder através de uma revolução, o que possibilitaria a
construção de uma sociedade mais justa.
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Contexto Histórico: A França no
século XVIII
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista
nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a
justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de
democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na
forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da
monarquia) ou condenados à morte.
A sociedade francesa do século
XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero
que também tinha o privilégio de não pagar impostos.
Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes,
duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na
corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores,
camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com
seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida
dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e
camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade
de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor,
desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu
trabalho.
A Revolução Francesa (14/07/1789)
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era
"Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os
desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a
Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e
promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante
documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos
cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A Fase do Terror
Em 1792, os radicais liderados
por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas
nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista
do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição
foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política
são as marcas desta época.
A burguesia no poder
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
O ILUMINISMO - Pensadores e características
O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
- Mercantilismo.
-Absolutismo monárquico.
- Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.
As idéias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas idéias iluministas.
Estes
reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de
governar absolutista com as idéias de progresso iluministas.
Alguns
representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia;
Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.
Alguns
pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e idéias neste
período. São eles:
John
Locke
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia.
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
Voltaire
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.
Montesquieu
Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.
Rousseau
Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.
Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.
Quesnay
François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.
Adam Smith
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia.
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
Voltaire
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.
Montesquieu
Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.
Rousseau
Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.
Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.
Quesnay
François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.
Adam Smith
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.
http://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php
Conceito de História
História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.
História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.
Objetivos
Um
dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um
determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento.
Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.
Fontes
Fontes
O
estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do
surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta
de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
Ciências auxiliares da História
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
Ciências auxiliares da História
A
História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências
auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas
relações), Paleontologia (estudo dos fósseis),
Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia
(estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.
http://www.suapesquisa.com/historia/conceito_historia.htm
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